Sou flor bruta, flor do mato, flor agreste, cresci na simplicidade do inço, sem finesse, sem matiz, sem beleza na corola, o espelho diz! Para sentir meu aroma, muito amor, muito amor é preciso, (é um odor escondido no ser). Sou mulher de carne, calor, pulso e coração. Me entrego com amor, muito mel, muito afã no viver da mineral criatura. Sou ardente, apaixonada no minuto duradouro da eternidade quando estou nos braços teus. Sou sincera, autêntica, verdadeira, sentindo tua aura, mas desligo-me no seguinte momento da vertente da paixão. A razão me censura: Dar ouvidos aos gritos da alma? Não escute essa alma que sangra descarnando vivências de jamais ter sido amada. Coloco sentimentos na vanguarda defensiva, estilhaçando na sapa do peito minas enterradas: as falácias do amor! Confesso: sou insegura, receosa das tuas emoções, Não permito... e dói! Não permito enraizar no coração um espaço compassivo, comprazente à voz de Eros. Toda vez que atendi recebi a unilateralidade da sentença: Só
versos perversos...
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