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Mostrando postagens de dezembro, 2007

Réu e rei

Ok, vocês sabem que, quando não escrevo para crianças sou sarcástico com relação a coisas como, por exemplo: verdade honra, certeza, tamanho do universo, finitude humana, etc. No Entanto, em se tratando de realidade, poucas vezes na vida um fato me pareceu tão similar à ficção, como os acontecimentos que passo a narrar agora. Reparem, contudo, que os fatos são reais do princípio ao fim, exceto pelas necessárias intervenções deste escritor, já que a riqueza dos detalhes é tamanha que, tenho certeza, mesmo tendo o cuidado de ocultar a verdadeira identidade das personagens envolvidas, dificilmente isso passaria desapercebido por muito tempo, uma vez que fato tão singular não se repete, espero, com relativa freqüência. Foi na última sessão do tribunal do júri em Buriti da Rosca que aconteceram essas cenas épicas (épicas?). Logo após a entrada do réu, o juiz aproveitou-se da prerrogativa de seu posto e inverteu o protocolo para homenagear aos membros constituintes daquela sessão, já que naq

CARTÃO DE VISITAS

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou: - O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices? - Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado? - Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso. - É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? - Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas

Reflexões sobre o ser humano

Vocês já repararam na mania que as pessoas têm de emitir opiniões sobre assuntos dos quais não têm real conhecimento? Essa é a maioria das pessoas. Mas existem algumas ainda mais incisivas. As primeiras falam do que não sabem. Essas últimas arrogam para si o direito de julgar, sentenciar e condenar com base em fatos parciais e meias-verdades. Como se sabe, meia verdade é igual à meia gravidez, não existe. No entanto, isso não faz diferença para essas pessoas. Medindo os demais por suas próprias medidas, imaginam-se perfeitas e, só por caridade para com os inferiores, declaram que têm consciência de seus próprios defeitos e fraquezas. Contudo, realmente, não têm. Se tivessem não os mascarariam com desculpas que servem de argumento atenuante para suas próprias falhas. Assim, o erro dos outros é pecado. O delas é uma falha humana plenamente perdoável. Tanto que admitem suas falhas em si e nos outros com relativa passividade, pois que, em seu íntimo, já estão perdoadas. No entanto, quando