Direitos Humanos
Àqueles que estão acostumados a
ler meus contos e poesias, um aviso, este não é o caso. O texto a seguir trata-se
da minha opinião sobre o assunto. E, como já disse antes, opiniões são formadas
por fatos e a interpretação que fazemos deles, logo, a opinião pode mudar, bastando
para isso que a interpretação dos fatos ou os próprios fatos mudem.
Os direitos humanos estão em moda
atualmente, sobretudo em nações fracas, submissas e omissas como a nossa. Mas
afinal, onde está, a meu ver, o equívoco praticado por aqueles que evocam os
direitos humanos para defender homicidas, molestadores, sequestradores e afins?
Em minha opinião, o erro acontece
pela falta de uma observação coerente das circunstâncias envolvendo a morte de
um criminoso.
Vejam, quando alguém apanha uma
arma e aponta para alguém, assume a intenção de matar e, a menos que seja por
força do dever ou em legítima defesa, ao assumir essa intenção assume também a
possibilidade de morrer. Ou seja, não há que se falar em direito à vida, nestes
casos, vez que o indivíduo em tela abriu, espontaneamente, mão desse direito.
Pois bem, nesses casos esse
indivíduo deixa de ser humano por isso? Claro que não. É a sua espécie e não há
forma de refutar isso. Todavia, não há motivos para defender um direito de quem
antecipadamente abriu mão disso.
Agora, a vida é mesmo um bem
inalienável? É sim. Então como explicar o que afirmei acima. Ora, não há
qualquer problema, a vida daquele que está sob a mira de uma arma que está na
mão de alguém mal intencionado é tão ou mais inalienável do que a deste. Com
uma sutil, mas importante diferença, o criminoso atentou primeiro contra a vida
do cidadão então, o bem que está em risco, em primeiro lugar é a vida do
cidadão ordeiro, depois, se for possível, a do criminoso.
Por fim, para deixar bem clara a
minha posição quando aos delitos e às penas, concordo o Cesare Beccaria, a pena
deve ser sempre proporcional ao delito, nunca menos, para que não deixe de
surtir seus efeitos benéficos e nunca mais, para que não se estimule os homens
a cometerem delitos maiores sabendo que as penas serão iguais, por que deles
certamente advirá um lucro maior, em caso de sucesso. Pois, se for condenado de
morte alguém, por furto, evidentemente que mais vale cometer um latrocínio ou
um sequestro, já que os benefícios em caso de sucesso são maiores e a pena em
caso de insucesso é a mesma.
Em suma, é preciso, pelo bem da
ordem pública que haja equilíbrio entre o crime e castigo.
Cezar Lopes.
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