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Mostrando postagens de 2007

Réu e rei

Ok, vocês sabem que, quando não escrevo para crianças sou sarcástico com relação a coisas como, por exemplo: verdade honra, certeza, tamanho do universo, finitude humana, etc. No Entanto, em se tratando de realidade, poucas vezes na vida um fato me pareceu tão similar à ficção, como os acontecimentos que passo a narrar agora. Reparem, contudo, que os fatos são reais do princípio ao fim, exceto pelas necessárias intervenções deste escritor, já que a riqueza dos detalhes é tamanha que, tenho certeza, mesmo tendo o cuidado de ocultar a verdadeira identidade das personagens envolvidas, dificilmente isso passaria desapercebido por muito tempo, uma vez que fato tão singular não se repete, espero, com relativa freqüência. Foi na última sessão do tribunal do júri em Buriti da Rosca que aconteceram essas cenas épicas (épicas?). Logo após a entrada do réu, o juiz aproveitou-se da prerrogativa de seu posto e inverteu o protocolo para homenagear aos membros constituintes daquela sessão, já que naq

CARTÃO DE VISITAS

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou: - O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices? - Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado? - Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso. - É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? - Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas

Reflexões sobre o ser humano

Vocês já repararam na mania que as pessoas têm de emitir opiniões sobre assuntos dos quais não têm real conhecimento? Essa é a maioria das pessoas. Mas existem algumas ainda mais incisivas. As primeiras falam do que não sabem. Essas últimas arrogam para si o direito de julgar, sentenciar e condenar com base em fatos parciais e meias-verdades. Como se sabe, meia verdade é igual à meia gravidez, não existe. No entanto, isso não faz diferença para essas pessoas. Medindo os demais por suas próprias medidas, imaginam-se perfeitas e, só por caridade para com os inferiores, declaram que têm consciência de seus próprios defeitos e fraquezas. Contudo, realmente, não têm. Se tivessem não os mascarariam com desculpas que servem de argumento atenuante para suas próprias falhas. Assim, o erro dos outros é pecado. O delas é uma falha humana plenamente perdoável. Tanto que admitem suas falhas em si e nos outros com relativa passividade, pois que, em seu íntimo, já estão perdoadas. No entanto, quando

Só hoje

Hoje, estrou muito triste e um pouco só... Triste por ver meus sonhos sendo, um a um, lenta e dolorosamente, destruídos... Minha vida se esfacela diante dos meus olhos e já não tenho forças para alcançar os fragmentos e reconstituí-los... Mas menti, quanto à solidão não estou, um pouco só... estou miseravelmente só... Sem ter a quem recorrer Acuado em meu silêncio... Acho que agora já posso chorar senão em lágrimas, em versos... Afinal, a vida segue seu rumo E eu, ainda que não vislumbre ainda acredito que alcançarei novamente o equilíbrio que hoje, talvez, só hoje... perdi... Kzar.

As coisas da vida

As coisas da vida Não são Tudo o que você pensa Além disso, você, Pensa no futuro E no passado Por que você Não sabe nem O futuro Nem o passado Por que você Não tem bola de cristal Nem nada Também não é mágico Mas, as coisas da vida... São as coisas mais importantes Do mundo. André Luiz – 01 de maio de 2005 (6 anos e meio)

Contos que a maçonaria conta, em silêncio, a quem parar para ouvir

Eis um conto que eu conto e depois “disconto” para o deleite dos incautos e para a ciência dos providos. Reuniram-se em assembléia de mestres, na Indonésia, um grupo de homens dispostos a esclarecer certos fatos que causavam transtorno e desequilíbrio entre eles. Livres, coerentes, acreditavam-se capazes de corrigir as diferenças existentes entre si sem demora. Contudo, na medida em que o tempo passava as discussões apenas se acaloravam. Quanto mais discutiam tentando encontrar uma igualdade plena de idéias e de ideais, mais se reconheciam distantes, verdadeiramente, uns dos outros. Logicamente em certos aspectos alguns convergiam e até se encontravam quase que completamente iguais, dede que não discutissem os detalhes, os meandros de seus conceitos pré-estabelecidos acerca das suas metas enquanto grupo. Logo surgiram facções que, ainda que não manifestamente, defendiam tão fervorosamente suas idéias de grupo que chegavam mesmo a excluir, em seus discursos, os membros dos outros grupos

É feio, mas, é o que é

Antes de qualquer coisa devo deixar dito que não faço apologia a qualquer forma de violência. Apenas descrevo, sob o meu ponto de vista, os resultados do comportamento de uma nação e de seus líderes para com o seu povo. Na condição de brasileiro, com ou sem cérebro (pois, de acordo com a justiça brasileira, acéfalos, também têm direito à vida... isso é uma piada de muito mau gosto, mas, não de menor mau gosto que os comentários de alguns representantes da imprensa sobre outro caso em que uma criança vai ultrapassando semanas e mais semanas mantida “viva” por aparelhos... seria sarcasmo? não, sarcástico sou eu, parece-me, sim, uma espécie de culto macabro onde a criatura brinca de criador e vai fazendo experiências, por falta de outra espécie ou por prazer, com a vida de seus semelhantes... deixemos de lado a verborréia da mídia e nos atenhamos apenas à ciência e pronto: um corpo sem cérebro não pode ser considerado um ser humano vivo pela mesma razão que a morte

Decoração

Paraslisado, estagnado, Sem outro desejo que não o de não existir... Resisto, insisto, por quê? Não sei dizer... quem sabe, Morto não sabe sofrer, ou, nas palavras de de um velho amigo, "vai saber"...

Ser livre em tempos mortos

Imagem
Ser livre em tempos mortos É pena cumprida a só A vida desata os nós Da estrada a ser percorrida O homem segue sozinho Rumo à última pousada Leva consigo seus passos Os seus atos e mais nada...