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Mostrando postagens de agosto, 2009

VERSOS ÍNTIMOS

Pois, por falta absoluta de palavras que melhor expressem o que tenho a dizer agora apenas citarei esse magnífico e incisivo poeta! Aproveitem! VERSOS ÍNTIMOS (Augusto dos Anjos) Vês?! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão —esta pantera— Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!

Sufoco nosso de cada dia

Outro dia, outro sufoco "Nasce o sol e não dura mais que um..." mas, afinal, por quê duraria se só vivo uma vez por dia? Mais uma batalha vencida outra verdade parida na distância que separa as rosas das margaridas Sentem o perfume? Falecido poeta Cezar Lopes.

Ah... nem te conto! Conto sim!

Vamos falar de flores agora que estou num jardim deixemos de lado as tristezas... elas passaram pois que, tudo passa e a Tragédia passou, também para mim... Sinta o perfume sutil destas palavras gentis e guarde num canto só seu uma lembrança de mim assim... feliz. Falecido poeta Cezar Lopes.

No fundo... mas não tão fundo...

No fundo, não presto... sou tão ruim que se realizasse meus desejos causaria muitas desgraças... Por isso me policio... torno-me a antítese de mim... Pois que, não seria mais que comum se minhas falhas não tivessem fim em mim... Aparte isso, sou modesto demais... Hum! E ainda dizem que sou arrogante! Detesto meus erros quando os reconheço nos outros... assim, detesto os outros... Ah, sociedade! Quanta vaidade... mas o que é que os outros têm a ver com isso? Bem, talvez meu princípio... ou, quem sabe absolutamente nada! Falecido poeta Cezar Lopes.

ora, amar!

Amar? Para quê? Se o que impota mesmo é o querer? E isso nada tem a ver com o amor. Falecido poeta Cezar Lopes

Do poeta

O poeta, morto é um profeta vivo é um pateta... mas, há quem discorde, são os hipócritas. Falecido poeta Cezar Lopes.

O homem do tempo

O homem é um ser do tempo... e quem não conhece o valor de um segundo... Não pode querer o mundo... Ou um abraço sincero... Falecido poeta Cezar Lopes.

Poesia derradeira - Epitáfio

Passei por muitas angústias todas elas medidas, deixei de fora a ciência aprendi os quês da vida Agora entendo o que sabia sei apenas o que sinto qualquer outra sabedoria é pura mentira ou mero instinto e instinto, é coisa de bicho. Falecido poeta Cezar Lopes.

O Arroio das Tripas

No Beco do Arroio das Tripas (a origem desse nome é uma daquelas histórias que, quem diz não sabe e quem sabe não diz), como em qualquer outro beco miserável de uma grande cidade, as crianças não sabem ler ou escrever e sequer sabem como é uma escola. Sua imaginação, portanto, é alimentada pelas conversas dos pais e dos vizinhos que, invariavelmente, elegem um anti-herói como ícone de suas desditas. Esse é um costume transmitido de geração para geração. Um nome recente que ocupa o imaginário das crianças do beco é o Preto Fio. Com armas de fogo ou armas brancas esse rapaz de 16 anos tem atormentado os moradores do beco e desafiado a polícia de forma tão acintosa que, para alguns, ele tem o corpo fechado, para outros tem parte com o demônio e para as crianças tem um poder fantástico, pois é capaz de desviar balas com o olhar e as facadas desferidas contra ele só atingem a sua sombra. A vida seguia, assim, seu ritmo no beco. Até aquele dia em que

Mãe, Luz da Vida

Faleceu a mãe de uma amiga (poderia se uma desconhecida!) disse-lhe o que sentia e sinto sempre que uma mãe morre... Ela ficou, realmente, tocada entendo o momento que vive, porém, reflita comigo: Poderia ser diferente? Quem não nasceu de mulher que diga, então, o contrário pois quem conhece o amor materno, eterno, imutável só pode sentir-se só sempre que uma mãe falace. Bem sei que Deus, o Criador Estender-Lhe-á Sua bênção no entanto, a nós, pobres homes, resta ainda um consolo O bem que as mães nos ensinaram forjará nossas atitudes... servirá, sem dúvida, para aplacar a dureza quem o dia-a-dia nos apresenta. Agradeço a todas as mães, deste plano e dos demais... obrigado, dona Sulamita! Bendita seja sua prole pois que, deixaste conosco o amor de mãe... única força que nos consola e torna suportável tua ausência! Que o Supremo Criador Arquiteto desse mundo receba-a em Sua glória e nos conceda Sua bê