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Mostrando postagens de outubro, 2009

Das ruas

Tenho a vida à flor da pele sinto as dores do mundo... Vejo os arvoredos das ruas de Buenos Aires... as ruas de Montevidéu... chorando, languidamente como choram as ruas do bom fim da cidade baixa regando o calçamento de paralelepípedo refletindo a solidão das estrelas e dos homens... Afinal, onde estão meus brinquedos? Diria Quintana... Falecido poeta Cezar Lopes.

As vacas são mais felizes

Andei por tantos caminhos longe da pequeneza mundana que hoje me sinto sozinho entre essa multidão bovina, que só conhece o limite de seus próprios, pequenos, feitos... Luto pra ter respeito por suas limitações mas, lhes juro é bem difícil... A mesquinhez é um vício, o egoísmo, um erro, a vaidade é o levedo que fermenta e infla esses egos... Pobres seres, cegos desconhecem a magnitude da diversidade... e pensam que são felizes. Falecido poeta Cezar Lopes.

Homem

Homem, corre teus dias são finitos teus sonhos são de açúcar derretem-se com tuas lágrimas... Homem, não te abate, ainda que tenhas vontade pois a vida não tem e nunca teve, mesmo qualquer sombra de sentido Importa, portanto, para ti viver e morrer sereno posto que o teu tempo é pequeno e o sofrimento é veneno Para que encurtar distâncias? Se a distância não muda? Deixe estar, saia do sério Mas deixe pra trás teus males pois esses vêm aos milhares e a bonança é uma vaga que te abençoa e te afoga que mata teu corpo e limpa tua alma. Falecido poeta Cezar Lopes.