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Mostrando postagens de 2014

Sobre a vida...

Uma estava perto, Tão perto... Mas, então, se afastou... Outra estava longe, tão longe... Contudo, se aproximou... Pois é... A juventude foi-se embora... A velhice se achegou... A morte se aproxima... Fazer o quê? Se é parte da vida? Ah, a vida..  Se vale a pena? Vale.  Se for vivida, e, apenas, Se for vivida de forma plena... Então, vivam,  Gozem e lamentem  Sua ditas e desditas, Só não percam tempo,,, Com arrependimentos... Pois, só se arrependem da vida... Os que mentem sobre seus sentimentos... Falecido poeta Cezar Lopes.

O Nascimento De Uma Estrela

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Caro André: Claro que o tempo reconstrói nossa memória. Por isso mesmo faço questão de reescrever esse texto que reflete o teu nascimento. Pois bem, foi assim: Naquele dia 23 de junho de 1998, perto da hora do café, sua mãe me disse: - Ai, rompeu a bolsa! Olhei em volta refletindo: -Mas não tem nenhuma bolsa por aqui! Fiquei intrigado, procurando ao meu redor uma bolsa que pudesse ter-se rompido. Imaginei que ela tivesse lido isso no jornal, mas logo concluí que uma quebra violenta na bolsa seria manchete e eu já teria lido sobre o assunto. Nesse ínterim, ela interrompe meu raciocínio gritando: - A bolsa rompeu, chama um táxi! Convém ressaltar que eu tinha uma parati, na época, mas não estava mais em condições de dirigir depois da terceira cabeçada tentando passar pela parede rumo ao telefone (fica complicado caminhar e pensar na bolsa de valores, na porta, no táxi, no telefone e no nascimento do filho, tudo ao mesmo tempo). A porta, pude constatar horas depois ao

A Vida Chove

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Chove.  No corredor que dá acesso ao prédio de salas comerciais marcas d'água de passos levam pessoas para seus afazeres diários. O tempo célere produz seus efeitos nos rostos, nos corpos e nas mentes dessas pessoas.  A cada dia, uma nova pessoa na mesma pessoa. Chove.  E não para de chover. Cezar Lopes.

Da rotina do poeta

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A rotina é rotineira A retina não é Da rotina eu me livro Com a retina eu me entendo Basta abrir um bom livro Para transubstanciar o que vejo O que falta então Que tanto me inquieta? Quem sabe o lampejo Que acende o desejo Na alma sequiosa do novo Que inunda o ser Do poeta Tanto quanto Do profeta... Cezar Lopes.

Depuração Face Psicológica Por Que Tudo é Uma Questão de Manter a Mente Quieta, a Espinha Ereta e o Coração Tranquilo

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Estou aqui ouvindo um blues e refletindo sobre o que quero em meu face. Recentemente tenho sido invadido por uma quantidade absurda de post’s que visam expressar lamentos amorosos, sentimentos de despeito e de revanchismo. Sinto informar, mas, meu face não é lugar para isso. Se quiser consolo procure um amigo real, um padre, um psicólogo, ou, mesmo, um psiquiatra. Você não diz nada de bom sobre a sua pessoa quando se expõe de forma tão aviltante. Sofrer todos sofremos. Todos nós temos sonhos e decepções. Isso não nos dá o direito de sobrecarregar as pessoas ao nosso redor com lamentos e indiretas que nada têm nada a ver com elas. Está magoado (a), ofendido (a), quer desabafar? Vai lá, procura quem te magoou e solta o verbo.  Afinal, essa é a pessoa  que deve ouvir tua réplica ou tréplica. Não aqueles que sequer sabem do que se trata. Quanto ao resto dos ocupantes dessa nau, não sei, mas eu não me interesso por tragédias pessoais alheias. Tenho as minhas p

Reflexões Pensamentos e Algumas Bobagens

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Cor do carro Recentemente uma discussão que não pude deixar de ouvir me trouxe de volta à mente uma pergunta que fizeram a um filósofo paulista (não me recordo o nome) certa vez. Pois, perguntaram ao pensador qual a cor de carro que ele preferia. Ao que ele respondeu: qualquer uma, eu vou estar dentro dele mesmo. Isto e a discussão que ouvi me fizeram refletir que, realmente, que diferença faz a cor do carro se a maior parte do tempo você está dentro dele? Ainda, não imagino ninguém na iminência de uma colisão frontal refletindo sobre algo do tipo: oh, não, mas o meu carro é vermelho! Assim como também não consigo visualizar ninguém instantes antes de um acidente refletindo com seus botões: Mas não pode ser! Meu veículo é importado! Do Burro Tem um ditado que, corrigido, afirma: corro de burro quando foge. Ora, isso faz tanto sentido quanto sua versão equivocada: cor de burro quando foge. Isso por que, se o burro está fugindo não tem motivo para correr. Eu só corre

A Culpa é do Povo

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Já disse outras vezes, se encontrarem um partido em que não haja gatunos, no Brasil, o sol esfria na hora.  O problema do Brasil não são os políticos, é o povo. O povo é que é corrupto. Os políticos são apenas um extrato do povo brasileiro. Brasileiro que: joga lixo no chão, estaciona em vaga de deficiente, fica calado quando recebe troco a mais, sonega impostos sempre que possível (acalmando a sua consciência com o argumento pífio de que não recebe o devido retorno, ou seja, é como se dissesse, posso ser corrupto por que são corruptos comigo), não respeita faixa de segurança, para em fila dupla nas escolas (já preparando a próxima geração de corruptinhos), faz discurso sobre moralidade e vai para casa assistir BBB.   É esse o povo que elege os seus representantes que, como ele, são corruptos, em suma, o povo tem, de fato, o governo que merece. Cezar Lopes.

Direitos Humanos

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Àqueles que estão acostumados a ler meus contos e poesias, um aviso, este não é o caso. O texto a seguir trata-se da minha opinião sobre o assunto. E, como já disse antes, opiniões são formadas por fatos e a interpretação que fazemos deles, logo, a opinião pode mudar, bastando para isso que a interpretação dos fatos ou os próprios fatos mudem. Os direitos humanos estão em moda atualmente, sobretudo em nações fracas, submissas e omissas como a nossa. Mas afinal, onde está, a meu ver, o equívoco praticado por aqueles que evocam os direitos humanos para defender homicidas, molestadores, sequestradores e afins? Em minha opinião, o erro acontece pela falta de uma observação coerente das circunstâncias envolvendo a morte de um criminoso. Vejam, quando alguém apanha uma arma e aponta para alguém, assume a intenção de matar e, a menos que seja por força do dever ou em legítima defesa, ao assumir essa intenção assume também a possibilidade de morrer. Ou seja, não há que se

Pega ladrão!

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“A verdadeira medida dos delitos é o dano causado à sociedade. O fim, pois [da pena], é apenas impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazer o mesmo.” Dos Delitos e das Penas, Cesare Beccaria. Girino era tido e havido como um reles ladrãozinho. Contudo, sua última investida, ainda que não lhe elevasse de nível em seus crimes, o fez, e muito, em sua pena. Tudo começou quando Girino saiu à socapa com um pandeiro da loja de usados do seu Nestor. Ocorre que o previdente Nestor já de há muito andava de olho no Girino e, quando percebeu que o instrumento lhe faltava não teve dúvidas, correu até a porta já gritando para o dono da quitanda, por quem Girino acabara de passar. - Pega o ladrão! - O que ele fez? Perguntou o quitandeiro. - Furtou um pandeiro! - O quê?  Matou o padeiro? Tornou um dos clientes do quitandeiro, disparando em perseguição ao meliante. Ao perceber que algo ocorria, dona Maria, comerciante