Utopia
Juremir acordou cedo, como fazia sempre. Era sábado em Utopia.
Utopia é uma cidade única. Ali, as pessoas têm com principal valor o respeito ao ser humano como indivíduo. Esse respeito, em Utopia, é real, superando quaisquer ideias pré-concebidas, tornando-se difícil para qualquer estrangeiro alcançar plenamente o seu significado.
Para ilustrar brevemente o respeito de que tratamos no parágrafo anterior basta dizer que em Utopia quando alguém põe os pés sobre a faixa de segurança os veículos param imediatamente. Não só por que é lei, mas por que todos os motoristas reconhecem em sua própria fragilidade humana a fragilidade da vida de seus semelhantes.
Em Utopia as vagas reservadas para deficientes (lá não são necessários modismos politicamente corretos como: portador de necessidades especiais) são respeitadas e ninguém jamais pensou em ocupá-las indevidamente, pois seria uma violação direta à primeira diretriz de seu comportamento, sua humanidade.
Pois, é nesta cidade singular que encontramos nosso protagonista, num sábado de descanso merecido. Juremir agora se dirige a uma das padarias do centro, onde pretende escolher o desjejum seu e de sua amada esposa.
Feitas as escolhas o cordial Juremir paga pelo que escolheu e vai embora, sem perceber que esquecera sua carteira no caixa.
Ao entrar em casa, antes de colocar suas compras sobre a mesa, a campainha toca. Trata-se do caixa da padaria que, ao perceber seu esquecimento, apanhou a carteira e saiu atrás dele. Estava lá para devolvê-la.
Juremir estava agradecido. Não por terem devolvido sua carteira com todo o seu conteúdo. Isso é o normal em Utopia e ninguém jamais pensaria em agir de forma diversa. Mas estava agradecido pela gentileza do rapaz em segui-lo até sua casa para devolvê-la.
- Eu tentei lhe chamar, mas não sabia seu nome, explicou o rapaz.
Após reiterar seus agradecimentos Juremir despediu o rapaz e retornou para junto de sua esposa que estava curiosa.
- O que houve meu amor?
- Nada de mais. Eu esqueci minha carteira mais uma vez.
- De novo? Perguntou ela sorrindo carinhosamente. Às vezes acho eu você vive em outro mundo!
Depois de mais algumas brincadeiras o casal se prepara para o café da manhã. Após o café ela vai cuidar do seu jardim enquanto Juremir retorna ao seu escritório. Juremir está escrevendo mais um livro e sua mente está fervilhando com novas ideias.
O tempo passa, as horas voam, o dia termina sem que Juremir se dê por conta.
Sentado em sua poltrona reorganizando personagens e construído novos cenários para o desenvolvimento de sua história Juremir acaba por adormecer por alguns instantes.
Acordado pelos sons noturnos da cidade, Juremir levanta-se e vai até a janela, está em casa, em pleno centro de Porto Alegre. No computador, o cursor piscando ao lado do título de seu novo trabalho: Utopia.
Utopia é uma cidade única. Ali, as pessoas têm com principal valor o respeito ao ser humano como indivíduo. Esse respeito, em Utopia, é real, superando quaisquer ideias pré-concebidas, tornando-se difícil para qualquer estrangeiro alcançar plenamente o seu significado.
Para ilustrar brevemente o respeito de que tratamos no parágrafo anterior basta dizer que em Utopia quando alguém põe os pés sobre a faixa de segurança os veículos param imediatamente. Não só por que é lei, mas por que todos os motoristas reconhecem em sua própria fragilidade humana a fragilidade da vida de seus semelhantes.
Em Utopia as vagas reservadas para deficientes (lá não são necessários modismos politicamente corretos como: portador de necessidades especiais) são respeitadas e ninguém jamais pensou em ocupá-las indevidamente, pois seria uma violação direta à primeira diretriz de seu comportamento, sua humanidade.
Pois, é nesta cidade singular que encontramos nosso protagonista, num sábado de descanso merecido. Juremir agora se dirige a uma das padarias do centro, onde pretende escolher o desjejum seu e de sua amada esposa.
Feitas as escolhas o cordial Juremir paga pelo que escolheu e vai embora, sem perceber que esquecera sua carteira no caixa.
Ao entrar em casa, antes de colocar suas compras sobre a mesa, a campainha toca. Trata-se do caixa da padaria que, ao perceber seu esquecimento, apanhou a carteira e saiu atrás dele. Estava lá para devolvê-la.
Juremir estava agradecido. Não por terem devolvido sua carteira com todo o seu conteúdo. Isso é o normal em Utopia e ninguém jamais pensaria em agir de forma diversa. Mas estava agradecido pela gentileza do rapaz em segui-lo até sua casa para devolvê-la.
- Eu tentei lhe chamar, mas não sabia seu nome, explicou o rapaz.
Após reiterar seus agradecimentos Juremir despediu o rapaz e retornou para junto de sua esposa que estava curiosa.
- O que houve meu amor?
- Nada de mais. Eu esqueci minha carteira mais uma vez.
- De novo? Perguntou ela sorrindo carinhosamente. Às vezes acho eu você vive em outro mundo!
Depois de mais algumas brincadeiras o casal se prepara para o café da manhã. Após o café ela vai cuidar do seu jardim enquanto Juremir retorna ao seu escritório. Juremir está escrevendo mais um livro e sua mente está fervilhando com novas ideias.
O tempo passa, as horas voam, o dia termina sem que Juremir se dê por conta.
Sentado em sua poltrona reorganizando personagens e construído novos cenários para o desenvolvimento de sua história Juremir acaba por adormecer por alguns instantes.
Acordado pelos sons noturnos da cidade, Juremir levanta-se e vai até a janela, está em casa, em pleno centro de Porto Alegre. No computador, o cursor piscando ao lado do título de seu novo trabalho: Utopia.
Cezar Lopes.
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