Ruas Desertas

                         Foto: Filipe Moraes

Ando pelas ruas desertas
Desta cidade que me acolheu
O vento revolve as folhas caídas
Num bailado embalado
Por uma melodia silenciosa
Penso... porque não sei não pensar...
Lembro, triste sina essa
A de lembrar...
Tantas conquistas
Tantas derrotas
Tudo em vão...
Que desperdício...
O desperdício é um vício
Que mais sobra quando falta...
Nos shoppings, mercados, nas lojas
Vejo pessoas ...
Todas iguais...
todas velhas conhecidas...
Começam a se repetir...
Lembrando alguém que persiste na memória...
Somente na memória...
Tempo... vida... que grande falácia...
Brindemos, pois, a essa desgraça...

Agora o Arlequim já pode chorar.

Cezar Lopes.

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