Diz a máquina que estou vivo
Poderia estar lendo Neruda
Mas Neruda gruda em meus sentimentos
em meus nervos...
Poderia estar pintando
uma imagem limpa, linda
Clara como um amanhecer
ou misteriosa, como um arrebol...
Mas toda essa languidez me dá
sono porém, é cedo para dormir...
Por isso, quedo-me aqui
Desfiando pedaços de mim
em linhas sempre mais tortas
pois que, linha reta é linha morta.
Que o digam, os cardiopatas.
Falecido poeta Cezar Lopes.
Muito interessante "Poderia estar lendo Neruda...". Gostei dessa mistura histórica/pessoal/humorística. Lembrou-me um pouco Augusto dos Anjos em Versos Íntimos.
ResponderExcluirParabéns, aprecio trabalhos nesse estilo cuja obra é a própria assinatura do autor.
Olá, Cezar
ResponderExcluirDescobri teu blog por meio da Leila Silveira, que me passou o endereço.
Sou suspeito em falar de poesia, pois só escrevo prosa... Sei achar bonito! Curti muito teu poema!
Virei seguidor! E te aguardo no meu htto://domontag.blogspot.com
Abraços!