Das ruas

Tenho a vida à flor da pele

sinto as dores do mundo...

Vejo os arvoredos

das ruas de Buenos Aires...

as ruas de Montevidéu...

chorando, languidamente

como choram as ruas

do bom fim

da cidade baixa

regando o calçamento

de paralelepípedo

refletindo a solidão

das estrelas

e dos homens...

Afinal, onde estão meus brinquedos?

Diria Quintana...

Falecido poeta Cezar Lopes.

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