Nunca mais, corvo, nunca mais...

Não faço mais isso

de morrer aos poucos...

Quando morrer

que seja de uma vez e só...

Meus amigos

já estavam loucos comigo...

querendo me ver pó...

Vivo ou morto...

Meio um, meio o outro

nunca mais...

Aos meus amigos, desejo

que descansem em paz...

Aos verdadeiros irmãos

que jamais me abandonaram

repito o corvo de Poe

nunca mais, nunca mais...


Falecido poeta Cezar Lopes.

Comentários

  1. morrer aos poucos é irreal
    real e natural
    é morrer de todo
    tudo de uma vez só,
    mesmo sentindo o sentido
    inverso.

    Leila

    ResponderExcluir
  2. Sugiro morrer de tolo... de dissimulados o inferno está cheio!

    Besos

    ResponderExcluir

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