A família e a sociedade humana.

De todos os momentos que tenho para lembrar como bons, a grande maioria está ligada à família. A célula mãe da sociedade.
Uma das coisas boas das famílias é que, ali, todos os papéis são bem definidos. O pai, a mãe, os filhos.
Na condição de filho, coube a mim o papel de questionar. Gostei tanto que pratico isso até hoje.
Na condição de pai, coube-me o dever de educar. Neste caso a responsabilidade se tornou o mote. Ao invés de questionar, tenho de esclarecer, ensinar.
Claro que até ensinando me questiono. Ainda assim, todos os valores que recebi de casa (a verdade, a honestidade, a responsabilidade, o respeito aos outros, o respeito às opiniões contrárias, a honra, a palavra e o bom senso) estão sendo, paulatinamente, transferidos para o meu filho, que também questiona, mas, dentro das condições de seu entendimento, comporta-se de acordo com os ensinamentos que lhe passo.
O fato é que, apesar do advento da informação instantânea, da degradação moral que os meios de comunicação impõe a todas as famílias, há, no cerne de todas elas um calor humano que permeia e difunde em todos os seus membros o sentido de que aquilo que a mídia prega é incorreto e não corresponde aos valores transmitidos de geração para geração. E, via de regra, os ideais enlatados de comportamento não passam, mesmo, da tela, uma vez que a família está protegida em seu seio, pelo verdadeiro amor fraternal que um dia inspirou o seu nascimento.
Obviamente, há desvios de conduta em certos momentos, mas aqueles que semearam a boa semente, com amor e com verdade, sempre têm, no devido tempo, o filho pródigo, de volta.
A seriedade dessas palavras é instituída. O amor é inflexível, não é brincadeira. A família nasce desse amor e por mais que tenha seus momentos de perturbação de desequilíbrio, há sempre de se restabelecer, sempre, cada vez mais forte.
As instituições que o homem criou, todas, são baseadas nesses princípios que norteiam as famílias. Portanto, ainda que, por vezes, pareçam vazias em seu significado, são perfeitas em seus ideais. Mas é certo, precisam de famílias para realizar as idéias que representam.
Precisamos, pois, desse sentido de família em nossas instituições para que o curso de nossa História seja reconduzido ao bom caminho. Afinal, enquanto houver vida, sempre é tempo.

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