– Que pó preto é este? Debaixo da porta um pó preto, enchia uma colherinha de café, caíra durante a noite. Mesmo com a janela aberta, a claridade que entrava no quarto era fraca porque, lá fora, o dia nublado prenunciava chuva. E, além disso, eu ainda estava carregada de sono, a noite não havia sido suficiente para esgotar a cota do sono que este corpo de mais de sete décadas faz jus. Com dificuldade para me manter em pé – pois os joelhos estão cobrando descanso e reclamam do peso da massa corpórea – dirigi-me ao banheiro, apressadamente, precisava rápido chegar. Na volta, aliviada, acendi a luz, busquei os óculos para conferir o falado pó preto. Foi traumático abaixar até o chão. Outra vez, difícil foi agüentar o desconforto de genufletir para enxergar a misteriosa aparição tão distante da minha vista. A curiosidade foi mais forte. Passei suavemente a ponta do dedo indicador...